RIO DE JANEIRO - E dá-lhe de efemérides. Até agora, raro o dia de 2012 em que não me telefonam para perguntar sobre algo que está fazendo 30, 50 ou 100 anos -como se, a exemplo do falecido jornalista Bricio de Abreu, eu fosse uma testemunha ocular da história. Aliás, conheci Bricio, em 1967, na antiga Fiorentina, no Leme, e fiquei besta: não havia evento do século 20 que ele não tivesse presenciado -do recital do maxixe "Corta-Jaca" no Palácio do Catete, em 1914, aos beijos de Isadora Duncan em João do Rio, em 1915, e à primeira audição de "Dorinha, Meu Amor", em 1929. E olhe que, naquela noite, Bricio tinha pouco mais de 60 anos.
Mas há, sim, muito a comemorar em 2012. Só na literatura, são os 100 anos de Nelson Rodrigues, Jorge Amado, Lucio Cardoso. Na música popular, os de Luiz Gonzaga, Mario Lago, J. Cascata (coautor de "Lábios que Beijei"). Os do Santos e os da criação do futebol no Flamengo (que, até então, só tinha o remo), da tragédia do "Titanic" e da difusão, por Chiquinha Gonzaga, da palavra forrobodó -arrasta-pé, farra, confusão-, que acabou reduzida a forró.
São os 50 anos da Copa do Mundo no Chile. De "Garota de Ipanema", "Moon River", "Et Maintenant" e das marchinhas "Oba!", do Bafo da Onça, e "Segura a Chupeta", do Bola Preta. De filmes como "Os Cafajestes", em que Norma Bengell corria nua na praia, "Lawrence da Arábia" e "O Homem que Matou o Facínora". Da morte de Marilyn Monroe e, queira você ou não, são também os 50 anos dos Rolling Stones.
E são os 30 anos da Guerra das Malvinas. Da última seleção brasileira (a de Zico, Sócrates, Falcão). Da morte de Elis Regina. Da criação do Dia Internacional do Beijo. Da gravação, por Neuzinha Brizola, de seu grande hit "Mintchura". Do-
É bom parar. Desde então, as efemérides foram ficando cada vez mais efêmeras.
Mas há, sim, muito a comemorar em 2012. Só na literatura, são os 100 anos de Nelson Rodrigues, Jorge Amado, Lucio Cardoso. Na música popular, os de Luiz Gonzaga, Mario Lago, J. Cascata (coautor de "Lábios que Beijei"). Os do Santos e os da criação do futebol no Flamengo (que, até então, só tinha o remo), da tragédia do "Titanic" e da difusão, por Chiquinha Gonzaga, da palavra forrobodó -arrasta-pé, farra, confusão-, que acabou reduzida a forró.
São os 50 anos da Copa do Mundo no Chile. De "Garota de Ipanema", "Moon River", "Et Maintenant" e das marchinhas "Oba!", do Bafo da Onça, e "Segura a Chupeta", do Bola Preta. De filmes como "Os Cafajestes", em que Norma Bengell corria nua na praia, "Lawrence da Arábia" e "O Homem que Matou o Facínora". Da morte de Marilyn Monroe e, queira você ou não, são também os 50 anos dos Rolling Stones.
E são os 30 anos da Guerra das Malvinas. Da última seleção brasileira (a de Zico, Sócrates, Falcão). Da morte de Elis Regina. Da criação do Dia Internacional do Beijo. Da gravação, por Neuzinha Brizola, de seu grande hit "Mintchura". Do-
É bom parar. Desde então, as efemérides foram ficando cada vez mais efêmeras.
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