Dulce Pontes cantando o Novo fado da Severa (letra aqui - Dulce não canta a segunda estrofe)
O Fado da Severa original é de 1848, de autoria de Sousa do Casacão, e refere-se à própria Maria Severa, que falecera um ano antes (veja a letra aqui). Este é de Júlio Dantas e Frederico de Freitas e já se refere ao lugar, ao Largo da Severa, na Rua do Capelão, na Mouraria (outra vez a passagem de pessoa a território). Júlio foi o autor, em 1901, do romance A Severa, que em 1931 tornou-se o primeiro filme falado de Portugal, com esta canção na trilha sonora. Outra dificuldade da conciliação surge nos versos finais, que expressam um desejo supremo: Viver abraçada ao fado, morrer abraçada a ti. Ou o fado, ou o homem amado, nunca na vida os dois juntos, sempre uma falta, uma ausência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário