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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Sundance tem filmes sobre Elvis argentino e blogueira sexual

FERNANDA EZABELLA
ENVIADA ESPECIAL A PARK CITY, UTAH

Sundance: Brasil x Argentina x Chile



O Brasil está nesta edição de Sundance na competição de drama internacional com o filme "A Cadeira do Pai" (foto acima, teaser abaixo), do estreante em longas Luciano Moura.

Wagner Moura é o protagonista, um médico que precisa ir atrás do filho adolescente que fugiu de casa.

Entrevistei os dois Mouras (sem parentesco), está na Ilustrada de hoje ou aqui para assinantes da Folha/Uol:


Outros três latinos estão na lista de 14 trabalhos selecionados na competição, dois deles chilenos e um argentino.
"El Último Elvis", do argentino Armando Bo, se passa no mundo dos sósias de Buenos Aires e segue “Elvis” Gutiérrez, que de dia tem um emprego enfadonho numa fábrica.
Sua ex-mulher se preocupa que seu comportamento obsessivo afeta sua filha mais jovem, Lisa Marie. Trailer abaixo.

Andrés Wood, diretor chileno de "Machuca" (2004), apresenta "Violeta se Fue a los Cielos", sobre a cantora folk Violeta Parra, uma espécie de Edith Piaf ou Bob Dylan chilena, segundo a resenha.
O filme é uma coprodução do Chile com Brasil, Argentina e Espanha.

"Young & Wild" (foto abaixo) é a outra obra chilena, da diretora Marialy Rivas, sobre uma garota de 17 anos em Santiago que começa um blog para contar suas aventuras sexuais, com medo de que sua família religiosa descubra.


Conversei com diretores e atores de "El Ultimo Elvis" e "Young & Wild". A matéria está na Folha.com:
Sundance tem filme sobre Elvis argentino e blogueira chilena

Carlos Gutiérrez insiste em chamar a ex-mulher de Priscilla, embora ela se chame Alejandra. Os dois têm uma filha pequena, Lisa Marie, para quem ele só faz sanduíche de pasta de amendoim com banana. Carlos acha que é Elvis Presley, em plena Buenos Aires.
"Deus me deu sua voz", explica o personagem, centro do filme de ficção argentino "The Last Elvis", que compete no Sundance Film Festival com outros 14 longas internacionais, incluindo três latinos: o brasileiro "A Cadeira do Pai" e os chilenos "Young & Wild" e "Violeta Went to Heaven".
O trabalho é a estreia na direção de longas do argentino Armando Bo, corroteirista do mexicano "Biutiful", indicado a dois Oscars em 2011. Ele conta que teve a ideia do filme quando rodou um comercial com uma sósia de Elvis há seis anos e ficou intrigado com a ideia de pessoas que vivem as vidas de outras pessoas.
Divulgação
Cena do filme argentino "The Last Elvis", que compete no Sundance Film Festival
Cena do filme argentino "The Last Elvis", que compete no Sundance Film Festival
Para protagonizar a história ele chamou John McInerny, que já fazia performances nos arredores de Buenos Aires imitando Elvis. Por quatro meses, ele treinou para virar ator. "John é neto de irlandês, não se parece muito com argentino e isto dá um toque diferente à trama. O jeito como canta e como fala inglês é especial para o filme", explicou o diretor à Folha.
EM GRACELAND
No longa, Carlos "Elvis" Gutiérrez vive entre amigos que fazem sósias de outras celebridades, como Iggy Pop, Britney Spears e Freddie Mercury, todos membros de uma associação decadente que vive lhes devendo dinheiro.
Sua ex-mulher diz que sua obsessão com Elvis prejudica a relação com a filha, mas um acidente o faz cair na real. "É um momento importante, ele é exposto à realidade e tem este pequeno momento entre pai e filha", diz Bo, que recriou em estúdio os quartos de Graceland, mansão de Elvis em Memphis, que aparece nas cenas finais.
A história lembra o chileno "Tony Manero" (2008), sobre um homem obcecado pelo personagem de John Travolta em "Os Embalos de Sábado à Noite", mas sem o contexto político da ditadura de Pinochet.
BLOGUEIRA SEXUAL
"Young & Wild", da diretora estreante Marialy Rivas, é livremente baseado num blog extinto da hoje jornalista chilena Camila Gutiérrez, 26, que colaborou com o roteiro.
Criada por uma família evangélica, Camila começou aos 21 anos a postar sobre suas aventuras sexuais e devaneios religiosos, num blog que durou quase três anos. "Ela era muito famosa na internet, como uma rockstar", exagera a atriz Alicia Rodríguez, que a interpreta no filme, feito numa linguagem jovem e cheio de ilustrações sexuais.
A história segue a vida de Daniela, expulsa da escola no último ano por transar com um colega no banheiro. Em meio a brigas com os pais fervorosos, ela arranja um namorado evangélico que quer se casar
virgem e começa a ter um caso com uma colega do trabalho, num canal de TV religioso.
Enquanto isso, ela posta as experiências no blog, em textos repletos de referências bíblicas, torcendo para a mãe histérica nunca descobrir. Na vida real, Camila diz que a mãe nunca soube, até seis dias atrás, provavelmente por conta do filme. "Deve ter sido alguém da igreja", diz. "Nem lembro do que ela falou ao telefone, fiquei surpreendida e ela estava enlouquecida."

http://fernandaezabella.folha.blog.uol.com.br/

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